sábado, maio 13, 2006

O tapa olho está fora de moda

Podem me colocar na cruz, podem caçoar a vontade, mas parei. Não quero mais piratear CDs. Coloquei na minha cabeça a chatice que virou baixar musiquinhas de um determinado disco novo e exibir de troféu por aí. Quando essa coisa de mp3 começou há alguns 12 anos atrás ainda era legal (legal?). Confesso que o fazia muito mais por não encontrar a venda o material que desejava do que por alguma malandragem ou falta de grana para comprar. Mas nessa onda acabavam entrando os lançamentos também. Conclusão, essa semana, ao ter pelo menos uns três discos homemade rejeitados ou pulando nos cd players da rádio, me deparei com um monte de lixo que carrego no meu case. Também pudera, o processo de se queimar cd em casa é infinitamente, em termos de qualidade, inferior ao nível tecnológico que as gravadoras tem em fabricar um cd. Mesmo com todo cuidado que tenho com os cds virgens, ainda assim eles se estragam com uma facilidade que os originais, de longe, não conhecem. E a qualidade do som? Tem coisa boa em mp3, mas tem muuuuita porcaria. E você só acaba descobrindo depois que ele está devidamente gravado no cdzinho.
F
ui olhar minha prateleira fonográfica e me toquei do longo tempo que havia comprado na loja meu último cd original, como fazíamos antigamente com os discos de vinil. Tirando os promocionais que recebo das gravadoras ou artistas, os usados comprados na Amoeba ou os de presente, eis que acho o último adquirido: Pink Floyd - The Wall Live. Porra, tem o que, bem uns três anos? Não, isso tá errado...
V
azei para a loja mais próxima e para comemorar essa decisão bastarda, é com orgulho que estampo minha mais nova aquisição original: Red Hot Chili Peppers - STADIUM ARCADIUM. E com direito a encarte, capa, trabalho fotográfico, qualidade sonora incomparável e até aquele delicioso plástico para a gente abrir com a ponta da chave. Diga-se de passagem, o cd é muito bom. E sabe quanto? Quinze Cruzeiros...
Cansei daqueles cds escritos a caneta apenas "Fulano de Tal". Cansei de lutar por uma informação musical sem referência nas piratarias, dos skips na melhor parte do refrão ou da gagueira (que na realidade o artista não sofre) nos versos mais inesperados da minha música favorita. Deixarei o uso dos blank cds apenas para as produções próprias como vinhetas, jingles ou algum material realmente raro que não se possa encontrar oficialmente. Guardarei a perna de pau e o tapa-olho na caixinha onde a tampa de vidro diz: quebre somente em caso de emergência.

Alguém tem um martelo?

PS: hoje tem festa da DJ Ellen. Quem quiser o endereço, tá aqui.